03.10.2025 - Mercado corporativo já representa até 50% do faturamento de franquias de limpeza

(revistapegn.globo.com)

Dificuldade de contratação de mão de obra, recorrência e tíquete médio mais elevado são oportunidades apontadas por marcas

Por Luana de Andrade

O atendimento no mercado coorporativo vem se tornando um pilar estratégico de franquias de serviços de limpeza no Brasil. De olho no potencial de faturamento da frente B2B, redes miram negócios que vão das grandes empresas a pequenos escritórios. Como resultado, até 50% da receita de redes do setor já vem do atendimento a pessoas jurídicas.

É o caso da Maria Brasileira, rede de franquias de limpeza criada em 2012 com foco nos serviços residenciais. “Toda a comunicação inicial era direcionada às donas de casa. No entanto, logo os próprios franqueados começaram a relatar um aumento na procura por serviços de pessoas jurídicas e a sugerir materiais específicos para esse público”, afirma Felipe Buranello, CEO da marca.

Segundo o executivo, a partir da demanda dos franqueados, a rede passou a estruturar gradualmente a frente B2B ainda nos primeiros anos de operação. Atualmente, os atendimentos corporativos já representam 50% do faturamento da rede, com projeção de crescimento dessa frente ano a ano. De acordo com Buranello, a expectativa é que o serviço corporativo represente 60% de participação no resultado da empresa até o final de 2026 e 70% em 2027. Neste ano, o faturamento total da empresa deve chegar a R$ 205 milhões.

Com mais de 500 unidades em operação e presença em todos os estados do país, a rede aposta na capilaridade e na padronização do atendimento para manter a expansão da vertical. “O atendimento ao público empresarial exige padronização, treinamento contínuo, gestão de escalas e processos muito bem definidos", afirma Buranello, que também destaca a importância de criar comunicações específicas para o mercado corporativo, incluindo a elaboração de propostas sob medida. O executivo afirma que a adesão aos serviços da rede inclui não apenas grandes empresas, mas comércios, como clínicas, escritórios e coworkings.

Mesmo em redes que tinham o atendimento a pessoas jurídicas como parte do negócio desde a concepção, a relevância do B2B também vem crescendo nos últimos anos. Fundada em 2011, a Mary Help sempre ofereceu terceirização de mão de obra para pequenas e médias empresas, mas, desde a pandemia, a demanda vem crescendo significativamente.

Segundo José Roberto Campanelli, fundador da Mary Help, a participação B2B na rede cresceu de 29% para 43% nos últimos cinco anos. Do total de serviços realizados a pessoas jurídicas, 50% vêm do estado de São Paulo.

Para Buranello, que também é diretor de Microfranquias e Novos Negócios da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o aumento na demanda por serviços de limpeza em espaços corporativos é resultado de dois fatores. De um lado, ele avalia que potenciais clientes das redes vêm enfrentando dificuldade no recrutamento de mão de obra. “Ao buscar uma empresa especializada, eles conseguem agilizar esse processo e concentrar esforços em seu core business”, diz.

Na outra ponta, muitas das redes que oferecem serviços de limpeza entenderam o potencial de incremento no faturamento a partir do B2B. “Esses clientes trazem uma recorrência significativa, além de gerar um faturamento mensal até quatro vezes maior do que nos atendimentos a pessoas físicas. Isso ocorre porque, devido ao alto fluxo de circulação nesses locais, é necessária uma frequência maior de limpeza”, avalia Buranello.

A recorrência na demanda foi um dos principais motivadores para a rede Limpeza com Zelo também investir no mercado empresarial. Renato Ticoulat, fundador da companhia, afirma que, prestes a encerrar as atividades, a empresa viu durante a pandemia a oportunidade de buscar contratos com administradores de imóveis, incluindo empresas de aluguéis por temporada.

Com um faturamento anual de R$ 130 milhões, a empresa afirma que atualmente fatura em um único mês o faturamento total de 2023. Embora não apresente o percentual da receita que vem do B2B, Ticoulat afirma que esse mercado “responde por uma parcela altamente relevante da expansão recente”.

Em expansão no Brasil, o segmento de Limpeza e Conservação cresceu 15,4% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2024, segundo pesquisa da ABF. Procurada por PEGN, a ABRALIMP (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional) informou que não há pesquisas atualizadas da entidade sobre o mercado de limpeza profissional e impactos do crescimento do mercado corporativo.

Fonte: https://revistapegn.globo.com/franquias/noticia/2025/10/mercado-corporativo-ja-representa-ate-50percent-do-faturamento-de-franquias-de-limpeza.ghtml

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